sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Quem eu me tornei?







Minha famila me deu muitas coisas, quase tudo aquilo sou, me deram a sensibilidade de reconhecer sua importância, a capacidade pra agradecer pelo meu lado bom, a clareza pra enxergar que sem eles não seria o que sou...
E o que eu sou? Quem eu sou?
Resquícios de relacionamentos frustrados, de expectativas vazias, remorsos infundados, um medo terrível de não ser feliz... Sim eles me explicaram exactamente o que é felicidade, segui as regras a risca e ainda assim não pude alcança-la.
Já meus amigos me deram conselhos que nem eles seguiriam, me ensinaram a diferença entre o certo e o errado, a linha ténue que separa as meninas das mulheres, me ensinaram o que é sexo de verdade. Estiveram comigo nas adversidades, por que eles não tinham lugar melhor pra ir...por que o melhor era estar comigo...
Minha mãe, sempre chorou comigo, é isso que as mães fazem, não é?  Meus amigos me fizeram rir quando eu queria chorar.
E agora eu percebo, que eu nunca os tive...eles me tiveram enquanto acharam conveniente, enquanto era bom que eu estivesse lá.
Hoje eu percebo que amigos são a família perfeita...aquela que eu escolhi!
E por não ser mais quem eu era, eles não podem mais estar aqui!

sábado, 24 de setembro de 2011

Vou...

A caminhada é penosa, bem se sabe,vou então arrastando meus pés como se fossem joelhos calejados, vou, pensando em continuar estática, olhando para o que não se vê, mais continuo no gerundío de ir, sem nem espiar o que ficou pra trás.Vou acompanhando a brisa, que bagunça travessa meus cabelos já revoltos, vou por que me puxam pela mão, e eu quase posso sentir a pressão dos dedos nos meus dedos, vou entre lágrimas e um sentimento tão estúpido que não me é possivel expremir. Vou por que no fim desta curva intraspônivel, preciso acreditar que vc estará lá, que serão os teus dedos a me firmar na escuridão, e a tirar deste meu eu tão fatigado toda a imundice que juntei pelo caminho. Então, iremos os dois num gerundío novo, sem tantos pedregulhos a ferir-me os pés, iremos entre um sorrir e outro, descobrir enfim, o que se esconde além da curva.









Ps- Para o meu dono e senhorzinho...rsrs...não quero outras mãos a me guiar.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Escrever

Escrever pra mim é um mal necessário, é transcender ao inferno, com passagem rápida pelo paraíso... é estar sozinha no meio de uma imensa multidão desgovernada, invadida pelo impulso de estar entre as pessoas.
Escrever é o segundo copo, quando o primeiro já satisfez, quando a vontade torna-se luxo, superfulo...
É admirar a própria tristeza, sentir prazer em cada lágrima, existir somente quando não se sabe quem é. Cada palavra perdida é um pedaço, irreparável de tudo que é eu. Do meu espelho, do meu esforço em ser. É a minha imagem de maneira mais nítida, mais suave, mais tranquila, aqui os meus gritos, são sussuros, minhas lágrimas, palavras, aqui a dor é poesia.

domingo, 1 de maio de 2011

Tratado aos ignorantes



Pois é caros amigos, o relógio correu teimoso, o outono desfolhou no instante despercebido. Ao abrir as cortinas não reconhecemos o lado de fora, tudo fez-se turvo. E aqui estamos a pagar pela consciência de ser, sete anos desgraçados porvir. Apenas meu espelho quebrado... Sobra de nós apenas a argucia da tal liberdade, a lembrança de um entardecer na primavera.
Porque deste lado, feliz de fato, só os ignorantes.

domingo, 17 de abril de 2011


Neste mundo, em que tudo e todos temos uma definição e simbolismo, eu não me sei ser.

Pelo menos, não agora.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

O tempo não apaga o amor que sentimos pelas pessoas, ele apenas nos mostra quem elas realmente são!

domingo, 30 de janeiro de 2011

O principio e o fim

Mais uma vez acabou... e dessa vez, nem teve lágrimas ao pé da porta, nem aquela linda cena onde ele diz adeus e parte... e antes de chegar ao portão , com a mãos no rosto, molhado por lágrimas, ele olha pra trás e vê tudo o que esta deixando cair por entre os dedos.
Dessa vez só terminou...simples assim...desligo o telefone depois de uma breve discussão onde tentamos disputar quem de nós é mais filha da puta. Quem pode ter mentido ou fingido mais, não que tudo se resuma a sexo...eu sei que não! Mais acho que vou sentir falta principalmente nas noites em que estiver sozinha e sem nada melhor pra fazer, lembrar de como ele poderia estar aqui.....
Sei que no fundo , bem no fundo alguma coisa sempre morre quando tudo termina, só que desta vez eu acho que ainda não percebi o que é!
Dormi bem, sai com as amigas e quando cheguei em casa, ao invés de sentir o vazio que devia estar lá, eu senti somente o cansaço...
Este é o primeiro post que faço sobre ele, queria ter contado antes sobre os seus olhos cor de mel, seu sorriso tímido e sua carinha de quase choro, quando eu dizia algo que não gostava, mais acho que me perdi do que realmente era importante...e agora tudo parece tão surreal que não faz mais sentido.
Ele se foi e eu permaneço aqui... acho que no fundo não era tão importante, eu é que imaginei que fosse!