segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Essa vida que passa lá fora, ja se passou aqui dentro, eu ja imaginei tudo em tanto detalhes e pormenores, que sou capaz de te contar o fim...o fim é sempre o mesmo, o fim é sempre igual.
Apagam-se as luzes e fecha-se a cortina, e tudo começa outra vez, com novos atores e personagens, tudo se inicia e tudo se vai a todo instante. É sempre um espetáculo interessantissimo, apesar da repetição, hoje ao invés de atriz, quis ser somente expectadora, hoje eu simplesmente desliguei-me da minha vida e preferi dormir!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Quem eu me tornei?







Minha famila me deu muitas coisas, quase tudo aquilo sou, me deram a sensibilidade de reconhecer sua importância, a capacidade pra agradecer pelo meu lado bom, a clareza pra enxergar que sem eles não seria o que sou...
E o que eu sou? Quem eu sou?
Resquícios de relacionamentos frustrados, de expectativas vazias, remorsos infundados, um medo terrível de não ser feliz... Sim eles me explicaram exactamente o que é felicidade, segui as regras a risca e ainda assim não pude alcança-la.
Já meus amigos me deram conselhos que nem eles seguiriam, me ensinaram a diferença entre o certo e o errado, a linha ténue que separa as meninas das mulheres, me ensinaram o que é sexo de verdade. Estiveram comigo nas adversidades, por que eles não tinham lugar melhor pra ir...por que o melhor era estar comigo...
Minha mãe, sempre chorou comigo, é isso que as mães fazem, não é?  Meus amigos me fizeram rir quando eu queria chorar.
E agora eu percebo, que eu nunca os tive...eles me tiveram enquanto acharam conveniente, enquanto era bom que eu estivesse lá.
Hoje eu percebo que amigos são a família perfeita...aquela que eu escolhi!
E por não ser mais quem eu era, eles não podem mais estar aqui!

sábado, 24 de setembro de 2011

Vou...

A caminhada é penosa, bem se sabe,vou então arrastando meus pés como se fossem joelhos calejados, vou, pensando em continuar estática, olhando para o que não se vê, mais continuo no gerundío de ir, sem nem espiar o que ficou pra trás.Vou acompanhando a brisa, que bagunça travessa meus cabelos já revoltos, vou por que me puxam pela mão, e eu quase posso sentir a pressão dos dedos nos meus dedos, vou entre lágrimas e um sentimento tão estúpido que não me é possivel expremir. Vou por que no fim desta curva intraspônivel, preciso acreditar que vc estará lá, que serão os teus dedos a me firmar na escuridão, e a tirar deste meu eu tão fatigado toda a imundice que juntei pelo caminho. Então, iremos os dois num gerundío novo, sem tantos pedregulhos a ferir-me os pés, iremos entre um sorrir e outro, descobrir enfim, o que se esconde além da curva.









Ps- Para o meu dono e senhorzinho...rsrs...não quero outras mãos a me guiar.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Escrever

Escrever pra mim é um mal necessário, é transcender ao inferno, com passagem rápida pelo paraíso... é estar sozinha no meio de uma imensa multidão desgovernada, invadida pelo impulso de estar entre as pessoas.
Escrever é o segundo copo, quando o primeiro já satisfez, quando a vontade torna-se luxo, superfulo...
É admirar a própria tristeza, sentir prazer em cada lágrima, existir somente quando não se sabe quem é. Cada palavra perdida é um pedaço, irreparável de tudo que é eu. Do meu espelho, do meu esforço em ser. É a minha imagem de maneira mais nítida, mais suave, mais tranquila, aqui os meus gritos, são sussuros, minhas lágrimas, palavras, aqui a dor é poesia.

domingo, 1 de maio de 2011

Tratado aos ignorantes



Pois é caros amigos, o relógio correu teimoso, o outono desfolhou no instante despercebido. Ao abrir as cortinas não reconhecemos o lado de fora, tudo fez-se turvo. E aqui estamos a pagar pela consciência de ser, sete anos desgraçados porvir. Apenas meu espelho quebrado... Sobra de nós apenas a argucia da tal liberdade, a lembrança de um entardecer na primavera.
Porque deste lado, feliz de fato, só os ignorantes.